A equipe do Gazeta Carajás tomou um barco no Lago de Tucuruí, em Breu Branco, neste mês de julho para produzir uma reportagem sobre um torneio de pesca que estava sendo realizado no município. Foram horas em uma lancha pesqueira, navegando sobre as profundas águas do Lago – uma parceria muito bem sucedida entre Deus e o ser humano.

O Lago parecia não ter fim. Foram quilômetros e mais quilômetros percorridos a bordo da lancha e água para onde se olhava. Questionamos os nossos guias sobre o tamanho real do lago. “Difícil dizer”, responderam.

De fato, o lago é uma fascinante inundação criada pela barragem do Rio Tocantins. A inundação é tão grande que atinge sete municípios: Tucuruí, Breu Branco, Itupiranga, Nova Ipixuna, Novo Repartimento, Jacundá e Goianésia. Por conta dessa característica que os une, os municípios compõem a Região do Lago de Tucuruí.

Um bom momento político

Essa parte do Pará é riquíssima e possui alto potencial econômico, seja na pesca, na produção agropecuária, na logística ou no turismo. Ao longo das décadas, a população tinha a impressão clara de que a região estava subaproveitada, que poderia render mais aos seus moradores e a todo o Pará. Em cada um destes problemas, um fator comum: a questão política.

Todavia, o momento político na região é promissor. Todos os sete prefeitos da região vivem boas fases. Quatro estão no segundo mandato, se reelegeram bem e mostram eficiência em seus trabalhos.

Reeleitos - Em Tucuruí, Alexandre Siqueira (MDB). Em Breu Branco, Flávio Mezzomo (MDB). Em Novo Repartimento, Valdir Lemes (PSD). Em Jacundá, Itonir Tavares (MDB).

Três estão em seu primeiro mandato e estão em um momento de reestruturação de seus municípios, com total apoio da comunidade.

Primeiro mandato - Em Itupiranga, Wagno Godoy (PP). Em Goianésia, Russinho (União). Em Nova Ipixuna, Everton Macias (MDB).

O que eles têm em comum?

Ser prefeito hoje em dia vai muito além do gerenciamento de recursos e do burocrático trabalho de gabinete. Em um país composto por mais de 5 mil municípios, estar isolado politicamente é um suicídio político. O prefeito que não dialoga com legisladores estaduais e federais, bem como ministros, verá outros o fazerem e recursos que poderiam estar disponíveis para as suas gestões, vão para outros locais.

Os sete prefeitos que compõem a Região do Lago são extremamente eficientes na articulação para captação de recursos. Graça a essa habilidade, os municípios desta região viram suas arrecadações crescerem. Com mais recurso em caixa, obras e realizações públicas se multiplicam pelos municípios.

Todos os prefeitos têm boa relação com o governo estadual e possuem relação diplomática e pragmática com o governo federal.

Além do mais, Alexandre, Flávio, Itonir, Valdir, Godoy, Everton e Russinho são verdadeiras máquinas de trabalhar, doando-se para seus municípios o ano inteiro. Chama atenção também o espirito de colaboração entre os gestores da região.

Flávio, presidente do Compart, consórcio criado para defender o interesse destes municípios, já destacou a importância do alinhamento das gestões para o desenvolvimento da região. O presidente, inclusive, acredita na força do municipalismo para a solução de problemáticas históricas da região.

 Melhor momento político da história

De fato, a Região do Lago vive um momento de destaque e protagonismo. A região tem força na produção rural, na cultura e no turismo. Os gestores têm visão de futuro e estão buscando consolidar economias independentes dos royalties da barragem.

No passado, de forma isolada, os municípios até já chegaram a ter gestores competentes, mas nunca de forma simultânea. E é aí que mora a positividade e a esperança do momento. O alinhamento dos trabalhos é um fato raro, inédito e extremamente necessário.

As sete competentes gestões têm tudo para inaugurar um novo tempo de desenvolvimento. Somando as populações de todos os municípios, mais de 400 mil pessoas são beneficiadas pela eficiência governista.

Completando cada qual o seu mandato, as populações devem se acostumar com a energia destes gestores e jamais eleger figuras distantes destas personas políticas. Até 2028, a Região do Lago experimentará um ciclo de boas novas e desenvolvimento. Se a política antes era um problema, hoje é a solução.

Fonte: Gazeta Carajás