Israel empregou pela primeira vez o sistema de defesa láser Iron Beam (Raio de Ferro, em tradução livre), informou a agência de notícias russa Tass na quarta-feira (18). A tecnologia foi utilizada para interceptar mísseis e drones, como parte da estratégia de defesa contra ataques do Irã no conflito que começou na última sexta-feira (13).
De acordo com a agência, a informação foi confirmada por um funcionário da embaixada de Israel na Rússia. “Este sistema laser é uma mudança estratégica para Israel e para o mundo”, declarou Naftali Bennett, ex-primeiro-ministro de Israel, durante o anúncio do desenvolvimento da tecnologia em 2022.
Como funciona o Iron Beam
O Raio de Ferro é um sistema de defesa que utiliza feixes de laser de alta energia para interceptar uma ampla variedade de ameaças, incluindo foguetes, artilharia, morteiros, mísseis de cruzeiro e drones. O sistema conta com duas configurações principais: uma fixa, que utiliza radares para monitorar o ambiente, e uma móvel, que pode ser instalada em caminhões ou blindados.
O laser empregado pelo Iron Beam é altamente preciso, com um feixe de luz do diâmetro de uma moeda, e é imune aos efeitos de distorção causados por vento ou temperatura atmosférica. Ele utiliza energia elétrica ou baterias, o que reduz significativamente os custos de operação. Segundo o fabricante, o custo por interceptação é "quase zero" e os danos colaterais são mínimos, em contraste com os sistemas tradicionais que utilizam mísseis, cujos custos variam entre 40 e 80 mil dólares por unidade.